Recordemos Amália Rodrigues
A máxima expressão do fado lusitano partiu há 20 anos (6 outubro 1999), mas continua entre nós. Amália Rodrigues, a fadista que já não viu o fado consagrar-se como património imaterial da Unesco, receava ser esquecida… mas é impossível que assim seja. Ouvi-la-emos hoje e sempre interpretar os belíssimos versos dos poetas lusos que tanto amava e tornou universais. Aqui fica uma das minhas interpretações favoritas, GAIVOTA:
Se uma Gaivota viesse
Trazer-me o céu de lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar.
Trazer-me o céu de lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse.
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu,
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro,
Esse olhar que era só teu,
Amor que foste o primeiro.
As aves todas do céu,
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro,
Esse olhar que era só teu,
Amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
No meu peito morreria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração.
No meu peito morreria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração.
Compositores: O NEILL ALEXANDRE / OULMAN ALAIN