Os Lusíadas em Madrid
–
Por ocasião das comemorações do Dia Mundial da Língua Portuguesa (5 de maio), a Embaixada de Portugal em Madrid, em colaboração com a Biblioteca Nacional de Espanha e a Faculdade de Filologia da Universidade Complutense de Madrid, promove uma leitura continuada de “Os Lusíadas” de Luís de Camões.
A Leitura decorre no Salão de Atos da Biblioteca no dia 11 de maio, entre as 9:30h e as 16:30h, na presença de representantes de várias áreas de governação dos dois países, de instituições culturais e da comunidade portuguesa em Espanha, reunidos para celebrar os 8816 versos que compõem a obra.
A 1ª Leitura Continuada de “Os Lusíadas” teve lugar em 2022, na ocasião dos 450 anos da publicação daquela obra, e mobilizou 146 leitores.
Esta atividade é aberta ao público.
Embaixada de Portugal em Madrid Camões, I.P. Biblioteca Nacional de España Facultad de Filología, Universidad Complutense de Madrid Universidad Complutense de Madrid
Os Lusíadas – A obra
Publicada em 1572, relata a descoberta de Vasco da Gama do caminho marítimo para a Índia, embora pretenda sem dúvida enaltecer as glórias do império português.
A obra íntegra está disponível no site do Instituto Camões. Consultem-na aqui: http://www.instituto-camoes.pt/escritores/camoes/canto1.htm
Dividida em 10 Cantos, o seu início reza assim (estou convencida de que todos os portugueses que andaram na escola sabem esta estrofe de cor e salteada):
Canto I
AS armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
Versão espanhola
Em espanhol, é possível aceder à obra completa aqui: https://www.cervantesvirtual.com/obra-visor/los-lusiadas-poema-epico–0/html/fefa5d48-82b1-11df-acc7-002185ce6064_2.html
A tradução da primeira estrofe reza assim:
Las armas y varones distinguidos,
Que de Occidente y playa Lusitana
Por mares hasta allí desconocidos,
Pasaron más allá de Taprobana;
Y en peligros y guerra, más sufridos
De lo que prometía fuerza humana,
Entre remota gente, edificaron
Nuevo reino, que tanto sublimaron;