Concerto MÍSIA 21 fevereiro 2017 Madrid
Mísia, verdadeira andarilha ibérica, com raízes em ambos os países da península, volta a Madrid a 21 de fevereiro, ao Teatro Nuevo Apolo (esperemos sinceramente que a acústica esteja à altura desta vez) para nos brindar com êxitos da sua carreira de 25 anos.
Na sua página oficial dizem-nos que “Mísia desenha lágrimas em todas as línguas“, além de nos fazerem um breve retrato da artista:
“Mísia nasceu na cidade do Porto e é a terceira geração de artistas na sua família pelo lado materno. Mãe bailarina de música clássica espanhola, avó artista de music hall e burlesque. Ambas de Barcelona. Vive na sua cidade natal até à adolescência tardia durante a qual por vezes canta como amadora nas casas de fado. Cerca dos 20 anos, por motivos familiares instala-se em Barcelona e depois de vários trabalhos ainda sem vocação definida – canção, dança, music hall, televisão, etc – em 1991 decide regressar a Portugal e a Lisboa para construir um repertório próprio dentro do universo do Fado.
José Saramago, Prémio Nobel da Literatura, escreveu para a sua voz. O realizador francês Patrice Leconte rodou um dos seus videoclips (Duas Luas, 2001), John Turturro escolheu-a para o seu filme “Passione” (2010) e William Christie programou-a para la Cité de la Musique em Paris (2004). Durante anos consolida uma carreira internacional, canta nos palcos de maior prestígio internacional como a Filarmonia de Berlim, Festival de Avignon, Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa), Teatro Chatelet (Paris) , Town Hall (New York),Le Carré Amsterdam, Cocoon Theater (Tóquio), etc. O seu trabalho é mencionado na imprensa mundial- Billboard , New York Times, Libération, Die Zeigt, etc. Mísia é a cantora portuguesa actual que desperta maior culto internacional na celebração dos sentimentos intemporais e universais não só em português mas igualmente em vários idiomas.
O seu lugar no Fado começa em 1991, um momento pouco propício no qual fora de Portugal o que se recordava deste género, recentemente declarado Património Imaterial da Humanidade (2011), era a presença da grande Amália Rodrigues. Foi Amália quem abriu as portas no mundo para esta música quando ninguém ainda falava de world music. Sem público latente para o seu estilo pessoal e contemporâneo e durante vários anos em que o Fado, salvo raras exceções, não tinha o prestígio cultural e comercial que agora usufrui, a Mísia – pioneira e espírito livre – coube-lhe abrir o seu próprio caminho.
Não tendo nunca esquecido a revelação que para ela supôs o fado tradicional na sua adolescência no Porto, depois de uns anos em Espanha e no seu regresso a Lisboa, sente que não deve começar por se apoiar em êxitos musicais de grandes nomes que admira mas em criar um repertório próprio. Começa então o que segundo Manuel Halperne se virá a chamar o Novo Fado:
… “A delimitação temporal é sempre difícil .Mas, se nos forçássemos a marcar uma data para o início do novo fado, seria Março de 1991, época em que Mísia lança o seu primeiro álbum. Tudo o que está antes é uma espécie de pré-história.” Manuel Halperne in O Futuro da Saudade (D. Quixote, 2004).
Contacta pessoalmente poetas e compositores, cantores autores, fotógrafos, designers, estilistas portugueses seduzindo-os com a sua visão do Fado. Agustina Bessa-Luís escreve para a sua voz o único poema que se conhece desta escritora. José Saramago, José Luis Peixoto, Lídia Jorge, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Paulo José Miranda, Hélia Correia, Manuela de Freitas, Jorge Palma, Vitorino, Sérgio Godinho escrevem especificamente para a sua voz. Descobre a sua sonoridade própria, gravando com o trio tradicional de guitarras e acrescentando por vezes os instrumentos que ouvia nas ruas do Porto durante a sua infância – o acordeão e o violino. Com este Fado ‘contemporâneo’ alcança os primeiro êxitos em Espanha, Japão, Alemanha e em Portugal onde é agraciada com a Medalha de Mérito (2005) e o Prémio Amália Rodrigues na Categoria Divulgação Internacional (2011).
Em França recebe a Medaille de Vermeil (2004), a mais alta condecoração da cidade de Paris, e é nomeada Oficier de l’Ordre des Arts et des Lettres de la République Française (2011). A realizadora chilena Carmen Castillo realiza dois filmes sobre Mísia para o canal franco – alemão ARTE. A artista conceitual Sophie Calle convida-a para o seu projecto “Prenez soin de Vous” – representação francesa na 52ª edição da Biennale de Veneza (2007).” Texto de http://www.misia-online.com/official/pt/biography.html
Os bilhetes podem ser comprados aqui
Aqui fica um cheirinho: